quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Brincadeira de Criança, Como é Bom.



POR RUI SAMPAIO


Amigos escrevo este artigo para discutir um assunto que há tempos vem incomodando a muita gente, inclusive a mim. Algumas pessoas equivocadamente sentem-se na razão de se considerem adultos e desconsiderarem as pessoas que ainda sentem saudade das brincadeiras de criança, que assiste a um desenho animado, que escuta uma musica “infantil” ou que leem um livro como “Harry Potter” ou “Sitio do pica-pau amarelo”. Então a pergunta é: embasados em que essas pessoas dizem que ter alguns gostos infantis é retardamento mental?

Há quem julgue que pessoas consideradas “infantis” sofrem da síndrome do Péter Pan, aquele personagem que nunca cresce. Essa síndrome  caracteriza-se por determinados comportamentos imaturos em aspectos comportamentais, psicológicos, sexuais ou sociais. Porém deve-se levar em conta que não se pode julgar a parte pelo todo, porque uma pessoa que tem varias responsabilidades e as cumpre com êxito resolve então tirar um pouco do seu tempo para assistir um filme que via na sua infância isso não quer dizer que ela sofra de síndrome nenhuma.
Vejamos o que diz o autor do best seller “As crônicas de Nárnia” sobre este assunto: “preocupar-se em ser adulto ou não, admirar o adulto por ser adulto, corar de vergonha diante da insinuação de que se é infantil; esses são os sinais característicos da infância e da adolescência. É natural quando as coisas novas queiram crescer. Porém, quando se mantem na meia-idade ao mesmo na juventude essa preocupação em 'ser adulto', é um sinal inesperado de retardamento mental.” Lewis Clive Staples ainda diz: “somos acusados de retardamento porque não perdemos um gosto que tínhamos na infância. Mas na verdade, o retardamento consiste não em recusar-se a perder as coisas antigas, mas sim em não aceitar as coisas novas”.
A verdade é que muitas pessoas que criticam escondem algo dentro de si que nem elas mesmo querem aceitar por medo de que  possa ser consideradas infantil pelos amigos e familiares. 
Termino esta matéria declarando que não tenho nenhum medo de dizer que  leio livros considerados “infantis”, gibis da “Turma da Monica”, escuto músicas de quando eu era criança, assisto desenhos animados, adoro o “Castelo Ra-ti-bum”, tenho vontade de ir e vou -  quando posso - a parques de diversão e sou viciado em balas e doces, sem que nenhuma dessas coisas, ditas infantis, me impessam de trabalhar, cursar uma faculdade, planejar meu futuro e inclusive de escrever esta matéria e manter um blog que não é nada infantil. 
Deixo então uma dica  aos leitores, não permitam que o medo seja uma barreira para que você viva da maneira que você gosta.  Todos nós temos o dever de sermos adultos, mas também temos o direito de sermos criança”.

REFERANCIA: CLIVE, Staples Lewis, As Crônicas de Narnia, pag 744 (Martins Fontes, São Paulo 2005) Lewis C.S, 1898-1963.

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