Era dia da mentira e verdadeiramente acontecia mais um evento cultural em Juazeiro do Norte. Foi no SESC o lançamento dos Cordéis da Sociedade dos Cordelistas Mauditos.
Houve, antes de tudo, uma palestra com o Prof. Fábio José, falando, num âmbito geral, da história literária desde suas origens, na Grécia antiga, até o modernismo e a libertação de padrões pré-estabelecidos. Foram palavras rápidas, mas bem esclarecedoras. Em seguida, a Profª. Cláudia Rejane colocou seu ponto de vista com relação à literatura popular e deixou uma pergunta bem interessante no ar: “será que realmente existe uma literatura popular?”. O poeta Abraão Batista também expôs sua opinião a respeito do cordel e suas raízes.
Logo após foram chamados os cordelistas mauditos: Daniel Batata, Camila Alenquer, Edianne Nobre, Fanka, Fernandes Nogueira, Hamurábi, Hélio Ferraz, Júnior Boca (Geraldo Júnior), Onofre Ribeiro, Orivaldo Batista, Salete Maria e Wilson Silman, sendo assim iniciado um debate com a participação de todos os presentes. O cordelista maudito Hamurábi fez um breve recital, seguido por uma encenação de Edianne Nobre e Orivaldo Batista, relacionada a cordéis que foram lançados.
O evento prosseguiu com apresentações musicais. Primeiramente, Camila Alenquer no violão fez dupla com Francisco Ferreira [Di Freitas] no violoncelo. O pessoal do hip-hop apresentou-se com bastante dignidade e não decepcionou. Ciço Gnomo, logo em seguida, com participação de Cleide Rodrigues, deu um clima de descontração ao evento; e Hélio Ferraz fez o encerramento, com uma pequena participação de Camila Alenquer.
O acontecimento promovido pela Sociedade dos Cordelistas Mauditos foi realmente de uma diversificação muito boa e mostrou: quando se quer, sempre se consegue. Não importa o meio artístico, e sim o empenho.
(abril de 2000
Texto Publicado na edição 28 do Informativo o Berro (abril de 2000)
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